O riacho corria livremente
Ainda tão pequeno, por pedrinhas.
Saltitando por encostas e vertentes
Matava a sede às flores e às ervinhas.
O riacho corria livremente
Para um dia conseguir chegar à foz.
Mas perdeu-se no caminho, simplesmente,
E seguiu outro destino. Como nós!
Noutro braço de rio desaguou
Contente, seguiu outro caminho.
Foi pequeno o amor que nos juntou,
Que cada um seguiu o seu destino...
Porque, sabes, a paixão é como um rio
Que só dura se a nascente o alimenta.
E nosso amor pouco a pouco definhou...
Mas o destino é como um rio que se espraia,
E que ao chegar ao mar, enfim, se aquieta.
Tal como um rio, o Destino nos juntou!