sábado, 28 de abril de 2012

Quisera eu...

Quisera poder regredir no tempo
Eternizar esse instante num só dia.
E ao abrir meu coração nesse momento
Um segundo que fosse, bastaria!

Quisera eu tão pouco, e muito, e tanto,
Encontrar um sentido nesta vida!
Deixar levar-me, feliz, por esse encanto
E acordar cada manhã mais renascida!

Amor de um passado tão distante...
Quisera eu fazer de um só instante
O culminar de um amor tão puro...

Segue, pois, a tua vida em frente,
Que eu só quero fazer deste Presente
Por um momento que seja, o meu Futuro!


quinta-feira, 26 de abril de 2012

Poema de infância


Quero partilhar com vocês uma canção que eu cantava quando tinha 9 anos, ainda a viver no Rio de Janeiro,daí a letra em português do Brasil.
Faço uma homenagem a todas as mães neste próximo Dia da Mãe.

Andei por todos os jardins
Procurando uma flor p'ra te ofertar.
Em lugar algum eu encontrei
A flor perfeita p'ra te dar!

Ninguém sabia onde estava
Essa flor, mimosa perfeição...
Ela se chama Flor-Mamãe
E só nasce no jardim do coração!

Enfeita nossos sonhos
Perfuma nossa ilusão.
Flor divina, que eu suponho
Faz milagres em oração!

Neste dia de carinho
Quero sentir lá no peito,
Inebriando minha alma,
Flor-Mamãe, amor perfeito!


À minha mãe

Dos amores deste mundo
O maior que a gente tem,
É aquele mais profundo,
O amor da nossa Mãe

A comida mais gostosa,
Quem a faz como ninguém?
Quem a faz tão saborosa,
A não ser a minha mãe?

Quem me ouve a qualquer hora
E me aconselha tão bem?
Quem me acarinha e consola?...
Eu ADORO a minha mãe!!.




quarta-feira, 25 de abril de 2012

Arco-íris

VERMELHO é o símbolo da paixão
Que entrou de rompante em minha vida.
LARANJA é sentir esta ilusão
De flutuar e em teu olhar ficar perdida.

AMARELO é o calor que alimenta, é fogo que arde
São os meus sentidos acesos no teu beijo.
VERDE é a esperança que me invade
E que faz tremer meu corpo de desejo.

AZUL é a imensidão do mar
É o céu num dia de Verão.
ANIL é uma história de encantar
E que faz vibrar meu coração.

VIOLETA é a cor desta saudade
É querer ficar contigo para sempre...
É encontrar em ti a felicidade
É saber que vou te amar eternamente!






segunda-feira, 23 de abril de 2012

Amor de Outono

As folhas já começam a cair
Amarelas, tremulentas, desvairadas.
Ao sabor do vento agreste deixam-se ir
Para, tristes, desabarem nas estradas.

O que foi uma verdejante Primavera,
Sinto agora, que começa a definhar.
O meu sonho não passou de uma quimera,
E agora tenho medo de acordar!

Pobre de mim! Como pude acreditar
Que tinha encontrado o meu caminho?
Que desta vez poderia ser feliz?

Se para ti não existe o verbo Amar,
Não serás tu a dar-me o carinho
Que tanto necessito e sempre quis!


Ao meu pai

Rompe o sol na linha do horizonte
Esplêndido, no seu novo amanhecer.
Há oitenta e cinco anos, este sol
Saudava uma criança a nascer.

Armando se chamou, e foi crescendo,
Olhava o azul do céu e o azul do mar.
E esse mar cruzou, mesmo sabendo
Que um dia haveria de voltar!

E em plena Primavera regressou,
(E era intenso o azul do seu olhar!)
Na sua aldeia encontraria a felicidade!

A vida o fez sofrer, mas lhe mostrou
Que tudo se consegue ultrapassar
Quando se ama a família de verdade!


Tenacidade

Naveguei por mares, à deriva
Em tormentas me perdi e me encontrei.
Náufraga de mim, andei perdida
E em tábuas dispersas me agarrei.

Como uma casca de noz eu flutuava,
Por entre toda aquela imensidão...
Quando o abismo de mim se aproximava,
Eu lutava, quase morta de exaustão!

E saía uma vez mais vitoriosa
Mais uma vez iludia o meu destino!
Novamente conseguia respirar...

Eu sempre fui assim : tenaz, teimosa,
Porque a certeza de encontrar o meu caminho
Me obriga a ir em frente e a não parar!


segunda-feira, 16 de abril de 2012

Reencontro

Quando, à minha volta, a luz esmorecia,
E nos meus sonhos, nada havia p'ra sonhar,
De alguma forma, porém, eu já sabia
Que um dia eu voltaria a te encontrar.

Veio o Destino, trazendo-me um passado
Tão lindo, tão intenso e tão vibrante!
E as emoções de um tesouro bem guardado
Devolveram-me a alegria, nesse instante...

A magia do meu primeiro amor
Que terminou sem ódio nem rancor,
E que, por essa razão, não esqueci,

Esse sim, foi o meu amor mais puro
Um amor sem passado nem futuro,
Mas de todos, o maior que eu já vivi!



sábado, 14 de abril de 2012

Desilusão

Dançávamos unidos, coleantes,
E envolveste o teu olhar no meu.
Deixei-me levar nesses instantes
E a magia da atração aconteceu.

A tua boca procurou a minha
Entreabriste meus lábios, docemente.
Submissa, porém, eu não sabia
Que me iria apaixonar perdidamente!

Agora estou aqui, sozinha e triste,
Nada mais resta, nada mais existe,
Para além da angústia de esperar!

Que foi feito do carinho que tivemos,
Dos beijos e promessas que fizemos,
Como deixamos tudo isso terminar?




Para ti, António Feio

Ainda ontem, tão cheio de esperança
Abraçavas a vida com um sorriso.
Para ti,cada sinal, cada mudança,
Era a Vitória, que agarravas, de improviso.

Lutaste até ao fim...mas o Destino
Contra ti avançava, inexorável...
E deteve abruptamente o teu caminho
Pondo fim a uma dor interminável!

Por isso, eu digo sempre, ao Mundo grito:
Quero viver o Agora, intensamente,
Quero tornar meus sonhos bem reais!

E se a Vida me trair, não me demito,
Abraçarei com minha garra o Presente,
Pois Amanhã pode ser tarde demais!



sexta-feira, 13 de abril de 2012

Incertezas

Ando triste, infeliz, desanimada,
Parece que levaste a minha alma!
Não tenho o teu amor, não tenho nada
Já nem a fúria deste mar me acalma,,,

Se queres que me entregue pela metade
Que abafe o meu amor, teimosamente,
Onde guardo toda a dor que me invade,
Como a posso afastar tão de repente?

Diz-me, amor, o que queres mais de mim,
Se até a minha alma te entreguei
E aos teus pés depus a minha vida?

Este Começo terá um novo Fim.
Foi com essa certeza que fiquei
Quando te beijei na despedida!




Marés Vivas

Queria poder gritar aos quatro ventos
Como estas ondas que rebentam aos meus pés.
Poder extravasar meus sentimentos
Como a força ritmada das marés!

E queria tanto, ter-te agora, ao meu lado
Nesta areia tão macia te abraçar...
Sentir teu beijo quente e demorado
E em teus braços me perder e encontrar...

Cada vez que estás comigo é um turbilhão
Como estas ondas que em fúria se arremessam
Contra tudo o que encontram pela frente.

Uma forma de afastar a solidão
É viver das lembranças que me restam
Até voltar a ter-te, novamente!



Quem ama, cuida

Quarta-feira. Mais um dia que chegou.
Outro dia de tristeza e decepção.
A manhã lentamente já passou,
E com a noite, chegará a desilusão.

Preparo com pesar meu coração
Para aquilo que eu sei que irás dizer.
Sem saberes, matarás toda a ilusão
E tudo o que senti irá morrer,

Quem ama, cuida. E tu o que fizeste?
Infelizmente não me dás outra opção!
Eu mereço muito mais do que me dás.

Se tudo o que vivemos já esqueceste,
Deixa-me, infeliz, na solidão
Esquece-me e não olhes para trás!



Ponto Final

Ambiguidades, fugas, desespero,
Tudo isto terminou, chegou ao fim.
Não é isso que desejas, mas eu quero
Sentir que ainda sou dona de mim.

Existe o fio invisível que criaste,
Da distância...por culpa tua e minha.
Por ti, que não me entendeste
Por mim,daquilo que não tinha.

Comigo é sempre assim: ou tudo ou nada!
Não me basta saber que sou amada,
Tenho também de amar intensamente!

Sinto um vazio enorme, uma tristeza,
Mas de tudo o que restou, fica a certeza:
Amor por ti meu coração não sente!


Certeza

Tentei.
É certo que tentei. Mais de uma vez!
Falhei.
Tentando que percebas o que vês
E que nunca será o que procuras...

Tentaste.
E decidiste ter-me a qualquer preço!
Erraste.
Porque eu tenho a certeza que mereço
Um lugar melhor que este, às escuras!


Saudade

Diz-se: longe da vista, longe do coração.
Mas será verdadeiro esse ditado?
Será isto amor ou uma ilusão
O querer que estejas ao meu lado?

Poderá ser um capricho, uma vontade
De ter alguém com quem rir, até chorar?
Ou todo este vazio, esta saudade
Me dizem que há espaço p'ra te amar?

Já não sei nada, já não sei quem sou
Já nem quero saber p´ra onde vou
Sigo apenas esta onda que me arrasta.

Onde me leva? Que importa? Deixo-me ir...
Quero viver e voltar a sorrir
E apagar o que de ti me afasta!


quarta-feira, 11 de abril de 2012

Esperança

Eu já não sei mais como voar
Tento subir mais alto e não consigo.
Quando penso que estou quase a chegar,
A incerteza sempre teima em estar comigo!

Será pedir demais, é impossível
Seguir em frente, abrir as asas e voar?
Voltar àquela sensação indescritível
De que ainda tenho tanto para dar?

Mas quero ir aos poucos, lentamente,
Sentir o vento, de mansinho, no meu rosto,
Ouvir o forte bater do coração.

E em pleno voo, fecho os olhos, docemente,
Sentindo que consigo e que ainda posso
Mandar para bem longe a solidão...






Simplesmente EU

Quero ter-te sempre como meu amigo
Poder enlaçar-me nos teus braços.
Saber que me queres quando estou contigo
E sentir-me pequenina em teus abraços!

Não peço mais de ti, pois simplesmente,
Pouco te posso dar, além de mim!
E a Vida me ensinou que, infelizmente,
Tudo o que é bom depressa tem um fim...

E se algum dia terminar o encantamento,
(Porque é a vida um sopro, um momento)
Não deixemos que surja o desamor.

E quem partir primeiro deste mundo,
Deixará que um sentimento mais profundo
Se torne ainda maior que o próprio Amor


Libertação

Porque sufocas tanto os teus desejos
Não os deixas fluir e libertar?
Alguém, um dia, bloqueou os teus anseios
E agora não te entregas para amar.

E eu? O que faço com teus beijos?
Como posso não deixar de os sentir?
E quando se ergue a onda do desejo,
Como a afasto, como a posso reprimir?

Dizes-me para ir devagarinho
Sentindo o nosso amor desabrochar.
Tornando-se mais forte e invencível.

Mas eu sei que o meu amor e o meu carinho
Vão fazer-te novamente acreditar
Que amar e ser amado ainda é possível!,



Procura

Amor será o que eu estou sentindo?
Alguma vez amei, terei amado?
Ou será que, certamente, me iludindo,
Julguei um grande amor ter encontrado?

Desilude-te, menina,porventura
Ele já te disse que te ama?
Não serás, simplesmente uma aventura
Para alguém que te quer na sua cama?

E eu, humildemente, submissa,
A este sentimento que me assola,
Deixo que me leve, deixo-me ir...

Será este o meu karma, a minha sina,
Pedir ao Destino essa pequena esmola
De encontrar um motivo pra sorrir?



Premonição

Todos erramos uma vez em nossas vidas,
Por decisões que mais tarde lamentamos.
Porquê esses erros e atitudes repetidas
Não nos fazem aprender, e não mudamos?

Não te queres envolver, ficas distante,
(E o que foi um vendaval torna-se brisa...)
Aquele anseio eufórico e expectante
Só me deixou mais triste e indecisa.

Não quero mendigar o teu amor!
Já nem sei o que devo esperar...
Que lugar ocupo em tua vida?

Já não sinto em tua voz nenhum calor
E dou por mim, infeliz, a preparar
Sentindo estar bem próxima a partida!

terça-feira, 10 de abril de 2012

Sonho

O meu olhar prendeu-se na linha do horizonte.
Desço para o mar, contemplo o infinito com deleite.
Deixo-me acariciar pelo sol de Abril, por aquele calor que me possui...
E deixo-me possuir!
Deito-me na areia.
Fecho os olhos e sonho prazeres infinitos...
Prisioneira de tanta lassidão...sonho que sou Feliz!


Como é possível?

Disseste que eu poderia ser feliz
Que encontraria noutro alguém um grande amor.
Fui à procura de um sorriso, de um carinho,
E cavei ainda mais fundo a minha dor!

Como pude supor que te esquecia,
Que a tua imagem dos meus olhos se apagava?
Como pude pensar que alguém podia
Acabar com este amor que me magoava?

Como é possível que não tenha, que não sinta
Amor por outro alguém, além de ti?
O que faço pra deixar de te querer?

Esta chama, de tão fraca e indistinta,
Apagou-se bruscamente, e percebi
Que nada a poderá reacender!




Retrospetiva

Olhando para trás não vejo nada,
Simplesmente desencantos, decepções...
Sou aquela mulher apaixonada
Que ainda se alimenta de ilusões!

De todos os amores que já tive,
Tão fugazes, como pó se desfizeram...
Qual ondas revoltas se formaram
E envoltas em Raiva se abateram!

Vejo o sol brilhar no firmamento,
Chamar-me à vida. Então, nesse momento,
Ergo a cabeça e rio-me de mim!

Por um sonho desfeito não se chora.
Longo é o caminho,grande a demora,
Mas certamente esse Túnel tem um fim!


Vida para além de ti

O amor é eterno enquanto dura
Diz o Poeta, com toda a sensatez.
Procurarei noutro amor a minha cura
Para encontrar novamente a Lucidez.

Foste brusco, cruel e insensível
Volatizaste em mim toda a Ilusão!
Vejo agora que amar ainda é possível
Que alguém, além de ti, tem coração...

Porque tu, já não o tens, deixaste-o ir.
Vegetas...já não vives. Estás perdido!
Não te permites ser feliz, teimosamente.

Pobre querido, muito em breve vais sentir
Que dos males, aquele mais sofrido,
É mendigar amor a quem não o sente!